Nº 10 - Junho / Julho 2008
RELAXA!
- Para assistir:
DOCUMENTÁRIO – A PESSOA É PARA O QUE NASCE
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O documentário do diretor Roberto Berlier sobre as três irmãs cegas que ganham a vida cantando nas ruas de Campina Grande, na Paraíba, é mais do que uma reflexão sobre as dificuldades na rotina das mulheres que não enxergam: o filme procura mostrar que é possível, apesar de todos os problemas, manter o bom humor e uma vida menos infeliz. O destaque está na cumplicidade que o diretor conseguiu criar com as três irmãs. Devido ao longo período de gravação (as filmagens começaram em 1998 e só terminaram em 2004), as “Ceguinhas de Campina Grande”, como são conhecidas, passaram uma naturalidade e uma intimidade que causa admiração no espectador. “Eu nunca imaginei que seria a estrela do cinema”, se espanta Maroca, uma das irmãs. Pois é ela quem causa risos e, mais tarde, um pouco de tristeza, quando revela que está apaixonada pelo diretor Roberto. Quando as legendas sobem, ao final da projeção, elas já conheceram Gilberto Gil, gravaram um CD, fizeram shows em diversas regiões do Brasil e ganharam um dinheirinho para reformar a casa. E venceram muitos obstáculos com humor, música e simplicidade.
Assista!
- Para refletir:
DOCUMENTÁRIO – ENCONTRO COM MILTON SANTOS
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Crise mundial de alimentos, guerras religiosas, ataques terroristas, desigualdades sociais abissais, crise ambiental, aumento do preço do petróleo, aquecimento global... Como manter a esperança e o pensamento positivo diante de tantos problemas pelos quais vimos passando? Nesse documentário de Sílvio Tendler, Milton Santos, geógrafo e grande pensador social, mostra que é possível, sim, unir forças e lutar por um mundo melhor. O geógrafo faz críticas à globalização econômica, grande geradora de diferenças perversas, dá alfinetadas na atual democracia – já que as principais decisões mundiais são tomadas por órgãos como o FMI... –, e despreza a suposta veracidade das informações veiculadas na grande mídia, produzida por empresas de comunicação cujos interesses são altamente especulativos. Mas Milton Santos deixa claro que o mundo não está entregue à má sorte, e a prova disso são as lutas sociais, como as revoltas populares dos bolivianos contra a privatização do gás; ou, na Argentina, contra o congelamento da poupança; ou, no Brasil, contra a privatização da Vale do Rio Doce. Movimentos de inclusão, como o MST, também recebem elogios do professor, que mostra que, se vivemos um momento problemático, entendê-lo e participar ativamente dele nos permite ser otimista quanto ao futuro.
Reflita!
- Para rir:
FILME – PEQUENA MISS SUNSHINE
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Toda família tem seus problemas, mas a da garotinha Olive chega ao extremo: o avô foi expulso da casa de repouso por ser viciado em heroína, o pai criou um falido método de auto-ajuda para "vencedores", a mãe está estressada por trabalhar fora e ter de cuidar da casa, o tio tentou suicídio e o irmão da pequena miss fez voto de silêncio. Porém todos terão de se suportar durante três dias de viagem dentro de uma Kombi velha que só funciona “no tranco”, cruzando o país para levar a garotinha a um concurso de miss para pré-adolescentes. Ao tratar de vários assuntos espinhosos com muito bom humor, Pequena Miss Sunshine surpreendeu a todos em 2006, quando ganhou dois Oscars (melhor ator coadjuvante e melhor roteiro original) e foi indicado a outros dois (melhor filme e melhor atriz coadjuvante). Mas seu maior prêmio é mostrar que, se essa família consegue se entender, mesmo com tanta maluquice, o público pode ficar tranqüilo: sua família também é "normal"!
Divirta-se!
- Para pensar:
FILME – A CORRENTE DO BEM
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De quem é a responsabilidade de mudar o mundo? A corrente do bem mostra que pequenas ações são responsáveis por grandes feitos. Um professor pede aos alunos, na forma de um trabalho escolar, que criem uma maneira de melhorar o mundo ao seu redor. Pois Trevor, um garoto de 11 anos, elabora a tal "corrente do bem", cuja regra é bem simples: faça algo por alguém que não possa fazer por si mesmo; faça isso para três pessoas; a pessoa ajudada deve fazer o mesmo para mais três pessoas. Acontece que as pessoas acabam aceitando o desafio, e a corrente cresce em progressão geométrica, cruzando os Estados Unidos. Apesar do final piegas, o filme vale pela idéia principal, ao mostrar que cabe a nós trabalhar pelo ambiente em que vivemos.
Pense!
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Cursinho da Poli 20 Anos
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Redação: Leonardo Vinícius Jorge - Design: Brasil Multimídia
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