A cada edição, um professor do Cursinho da Poli faz comentários e dá dicas de como estudar em sua respectiva disciplina.
Nesta edição, o professor Bassam Ferdinian mostra que o conteúdo de Física não deve ser apenas decorado, mas compreendido e relacionado com tudo que nos rodeia; lembra que é preciso "descobrir" um tempo para estudar e tranquiliza os alunos preocupados com o novo Enem. Confira:
Al Sallam Aleikoum! *
Vestibular, milhares de conteúdos para aprender e assimilar, parte dos quais o aluno nunca viu no Ensino Médio. E, para piorar, vamos falar agora daquela que é tida como a vilã das disciplinas: a Física!
Calma. Antes de mais nada, o aluno deve se despir do preconceito com essa ciência que, acima de tudo, busca explicar o funcionamento do que nos cerca – desde o mais simples dos fenômenos, como a queda dos corpos, até o mais complexo sistema tecnológico, como a estação espacial internacional (ISS). Dessa forma, o aluno se blinda contra comentários do tipo: “Física é um monte de fórmulas...”. Pois é, caro aluno, Física é mais do que isso.
Para o vestibular, a dica é ficar longe da decoreba. Concentre-se na leitura do enunciado, procure entender o que se pede; para testar se entendeu o que é cobrado, certifique-se de que você conseguiria explicar para alguém o que a questão aborda: é um excelente indicador.
Destaque os dados apresentados e alguma frase importante para a resolução, do tipo: “velocidade constante” (o que significa que a resultante é nula), “despreze o atrito”, “o sistema é isolado termicamente” etc. Em seguida, busque o conteúdo dentro do qual a situação se encaixa. Escreva a equação correspondente. Sempre há uma igualdade que une os dados do problema, deixando uma incógnita para ser calculada. Havendo mais incógnitas, mais igualdades serão necessárias. Após vinte e dois anos de ensino, dá para apontar algumas exigências a que os alunos devem atender:
a) a maior dificuldade do aluno é acreditar na sua capacidade de resolver exercícios. Senhoras e senhores, isto não é um texto de autoajuda, mas, se vocês não crerem que são capazes, fica difícil...
b) estudar, estudar e estudar. “Professor, não tenho tempo!”. Pois é, tempo a gente inventa. Quer um exemplo? Acorde uma hora mais cedo. Talvez você tenha dificuldade no começo, mas, após alguns dias, perceberá que o melhor horário é pela manhã. Sua mente está mais quieta, o barulho é menor e o corpo está mais descansado. Tente!
c) não faltar às aulas. O aluno que falta, na maioria dos casos, não consegue prosseguir e desanima, porque não dá conta de acompanhar as aulas sem o conteúdo prévio exigido.
d) ler matérias de jornais, revistas ou assistir a programas de TV que abordem algum assunto ligado à área. É legal quando o aluno consegue unir o conteúdo ministrado em classe com alguma notícia.
e) com relação ao formato do vestibular que você vai realizar, busque provas de anos anteriores; você terá contato prévio, e verificará que grande parte dos exercícios segue algum padrão.
Por fim, não tenha medo da nova prova do Enem. Quem aprende, aprende para a vida. O conhecimento é o maior de todos os privilégios que um ser humano pode ter. Quando dominamos um conteúdo ministrado em aula, não o fazemos apenas para resolver uma prova, mas para tornar a vida mais bela e interessante, ter assunto para conversar, analisar fatos e entender uma notícia de jornal. Dessa forma, resolver um “novo formato do Enem” é consequência do aprendizado.
No mais, querido aluno, saiba que a principal motivação de um professor do Cursinho da Poli é você! Nossa relação é bastante próxima. Então, aproveite para conversar e tirar dúvidas pessoalmente. Na medida do possível, você verá que suas dificuldades são as mesmas que nós, professores, tivemos quando éramos estudantes pré-universitários.
Vamos lá? Vamos estudar e acreditar que podemos?
Allah U Akbar! (Deus é maior!)
Um abraço,
Bassam Ferdinian
Professor do Cursinho da Poli desde 2000
* Saudação em árabe: Que a paz esteja convosco!
topoAv. Ermano Marchetti, 576 (Lapa), R. Desembargador Bandeira de Mello, 468 (Sto. Amaro), R. Sabbado D’Angelo, 2040 (Itaquera)
São Paulo (SP) – Telefone : (11) 2145-7654
Redação: Leonardo Vinícius Jorge - Design: Brasil Multimídia
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