Com a chegada do segundo semestre, o diretor do Cursinho da Poli Gilberto Alvarez Giusepone Jr., mais conhecido como professor Giba, vem ao Vox dar as boas-vindas aos novos alunos, reforçar a orientação de estudos aos que já estão se preparando desde o começo do ano e oferecer novas orientações para os vestibulares.
O professor Giba também aproveitou para explicar por que o curso Intensivão Novo Enem é indicado apenas para quem ainda não é aluno do Cursinho da Poli. Confira:
O Cursinho da Poli criou um novo curso, o Intensivão Novo Enem, voltado exclusivamente para o novo formato do Exame Nacional do Ensino Médio. Qual é o diferencial desse curso?
As versões anteriores da prova do Enem já se diferenciam por sua estrutura baseada em habilidades, incentivando o raciocínio e trazendo questões que medem o conhecimento dos alunos com um enfoque interdisciplinar. O novo Enem vai manter essa característica, agregando às habilidades medidas um conjunto de conteúdos formais mais diretamente relacionado ao que se ministra no Ensino Médio.
Para atender a esse formato do exame, o curso Intensivão Novo Enem está dividido em duas etapas. Primeiro, enfoca o conjunto de conteúdos do Ensino Médio, com material específico composto de dois cadernos, denominados Eos. A segunda etapa, que acontece na última semana do curso, compreende o desenvolvimento das habilidades exigidas no exame, também com material específico, denominado Caderno Enem.
O curso teve início no dia 3 de agosto e vai até 2 de outubro, com 5 aulas por dia, de segunda a sexta. Os alunos receberão três cadernos específicos e farão um simulado, dias 6 e 7 de setembro, no mesmo formato do exame.
E por que o curso Intensivão Novo Enem só deve ser feito por quem ainda não é aluno do Cursinho da Poli?
Porque o nosso aluno já vem num processo de preparação interna desde que entrou no Cursinho, uma vez que o nosso sistema de ensino já contempla o novo formato do Enem. Ainda assim, dada a importância cada vez maior que esse exame vem adquirindo, preparamos um curso específico para os nossos alunos, de curta duração, semelhante ao que oferecemos no ano passado, porém com o material atualizado. Ele acontecerá a partir do dia 24 de setembro.
Muitos estudantes estão preocupados com todas essas mudanças pelas quais vem passando não apenas o Enem, mas também o vestibular da Fuvest e outros. Qual seu recado aos alunos do Cursinho da Poli?
Os alunos do CP não precisam mudar a forma de estudar. O Cursinho da Poli traz uma mistura do que acreditamos que deve ser o Ensino Médio e um pouquinho do que o estudante vai encontrar na universidade. Então, sinceramente, nossos alunos não precisam se preocupar com essas mudanças dos vestibulares porque já trazemos um pouco dessas propostas. E acreditamos nessa linha adotada pelo MEC para o Enem, que, na nossa opinião, deve ser seguida pelos demais vestibulares do país.
O senhor disse que os alunos do Cursinho já estão preparados para as mudanças do Enem propostas pelo Ministério da Educação. Isso tem a ver com o material didático do CP, criado para atender principalmente às necessidades dos alunos de escolas públicas?
Desde a criação do material didático, em 2000, debatemos isso no Cursinho. O material didático e as atividades extracurriculares são voltados para a formação do estudante, e não apenas para suprir as deficiências escolares. O aluno com certeza percebe que o nosso material didático não é de revisão, de decoreba de fórmulas. Pelo contrário, ele possui muito texto, muitas atividades, e estimula a autonomia do estudante. É um material que provoca o aluno a argumentar, a pensar criticamente, com seções que o orientam a procurar novos caminhos, sugestões de leitura de livros, sites... Muitos ex-alunos comentam que só depois de fazer Cursinho da Poli aprenderam a interpretar letras de música brasileira, a interpretar uma música do Chico Buarque, por exemplo.
E de que forma as atividades extracurriculares realizadas pelo Cursinho da Poli complementam essa preparação educacional e cultural do aluno?
O Cursinho da Poli realiza algumas atividades extracurriculares não por luxo, mas por necessidade. Infelizmente, muitos alunos de escola pública não tiveram oportunidade de participar na escola de atividades como as que propomos. Um aluno que participa, por exemplo, das oficinas de teatro, dos Estudos do Ambiente, das sessões de cine-debate no Espaço Unibanco de Cinema, da Mostra de Artes, do Show dos Alunos na Estação Ciência, termina o processo de estudos com uma maturidade e com uma formação diferenciada, muitas vezes sem perceber. Ele amplia seu universo cultural, e já percebemos que esses alunos adquirem uma facilidade maior de entrar nas universidades públicas e de se adaptarem a esse novo ambiente.
Na XI Jornada de Trajetórias Profissionais, o senhor ministrou uma palestra para sanar dúvidas sobre o Ensino Superior e sobre como escolher o curso e a universidade. Pode fazer um pequeno resumo para quem não assistiu?
Primeiro: muita atenção com qual instituição de Ensino Superior escolher. Segundo: faça o que gosta e só mais tarde procure um curso de especialização. Vivemos num mundo que muda muito rápido, e o aluno tem que estar preparado para as dinâmicas do mercado de trabalho. O que garante que o curso que está na “moda” hoje continuará visado daqui a dez anos? E terceiro: não escolha uma profissão baseado em seu atual emprego. Percebemos que muitos alunos fazem esse tipo de escolha, mas isso pode trazer problemas caso eles saiam da empresa, por exemplo.
Por falar nisso, como um engenheiro foi trabalhar com Educação?
Entrei na Educação por acaso. Estudei em escola pública a vida inteira e acho que sou um caso típico de alguém que entrou na universidade sem maturidade. Quando terminei o Ensino Médio, fiz cursinho e, como boa parte dos meus melhores amigos iam prestar para Engenharia, resolvi fazer também, porque achava que ia bem em exatas. Que grande ilusão pensar que a Matemática e a Física da escola são iguais às da universidade! Passei na Escola Politécnica da USP, mas, como o curso era integral, comecei a dar aulas em cursinhos à noite para me sustentar, e acabei me apaixonando por Educação.
É um exemplo de como o mercado de trabalho é interdisciplinar, o que torna as propostas do novo Enem coerentes, não?
Hoje, quem se forma em Engenharia não vai necessariamente trabalhar com isso o resto da vida. Essa época já passou. O mundo de hoje permite que uma pessoa que termine o curso superior tenha uma gama de opções muito maior do que sua própria formação. Por isso, reforço a sugestão de que o primeiro curso deve ser sempre aquele de que o aluno gosta, e não o que ele acha que “dá dinheiro”. É preciso lembrar que o que “dá dinheiro” é o que fazemos com gosto, porque nos esforçamos mais e, logo, a possibilidade de vencer na carreira e ganhar mais dinheiro é maior. Como diz o ditado, “deixamos de trabalhar" quando fazemos o que gostamos, pois o trabalho se torna prazeroso.
Com o retorno das aulas, dê sua sugestão de estudo aos alunos do curso Extensivo e das Turmas de Maio.
Os alunos que já vêm estudando desde o começo do ano devem continuar o processo, manter o ritmo e não deixar a matéria acumular. E, para quem não estudou no primeiro semestre, a mensagem importante é que ainda dá tempo. Obviamente vai ter que recuperar o tempo perdido. Àqueles que acham que não têm tempo de estudar, sugiro que procurem a coordenação geral do Cursinho para ajudá-los a fazer um cronograma de estudos.
E para os alunos que estão chegando agora, com as Turmas de Agosto e com o Intensivão Novo Enem?
Comecem a estudar desde o primeiro dia de aula. O princípio de todo vestibulando é: “aula dada é aula estudada”. As matérias que o aluno teve no dia devem ser estudadas antes da próxima aula. Ao estudar, ele terá dúvidas, que poderão ser sanadas no Plantão de Dúvidas. Ao cumprir esse processo – assistir às aulas, estudar, reunir dúvidas e ir ao Plantão –, o aluno estará, de fato, estudando e aprendendo. Também recomendo que leiam o Vox, pois ele traz mensalmente dicas e orientações de estudo dos professores do Cursinho da Poli. Se ainda persistirem as dúvidas, procurem-nos. Muitas vezes o aluno acha que não deve compartilhar suas ansiedades com outras pessoas. Nós temos o Vestibulógico, a Psicologia, o Serviço Social e a coordenação geral do Cursinho preparados para prestar esse tipo de apoio. Até porque estamos juntos nesse processo de preparação dos alunos.
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Redação: Leonardo Vinícius Jorge - Design: Brasil Multimídia
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