Suzane de Araújo Vieira acaba de ser aprovada nos vestibulares da Fuvest, da Unicamp e da Unifesp (por meio do SiSU). Falando assim, até parece que foi fácil, mas ela precisou de muito esforço e ousadia: após um ano de Cursinho, não foi aprovada na Fuvest, mas conseguiu uma bolsa de estudos pelo ProUni para o curso de editoração do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Apesar de estar no ensino superior, Suzane não estava satisfeita – não estava estudando no curso nem na universidade que queria.
Decidida a realizar seu sonho, voltou ao Cursinho da Poli em 2009. Estudou, se organizou e se preparou. O resultado? “Passei, estou na USP e vou, finalmente, fazer meu curso de Letras!” Nesta entrevista ao Vox, Suzane conta como foi a mudança de ritmo de estudo da escola pública para o do Cursinho da Poli, agradece aos professores e manda um recado aos colegas que ainda não foram aprovados.
Você veio de escola pública, onde, infelizmente, o ensino costuma ser precário. Sentiu diferença quando entrou para o Cursinho da Poli?
Eu estudei em colégio público no período da noite; além de termos poucas aulas, o conteúdo é defasado. Posso dizer que o que eu aprendi na escola daria um caderno do Cursinho da Poli. Gostaria de ter aprendido mais na escola, e o problema nem sempre é do aluno, porque eu era uma boa aluna, tanto que fiz Cursinho achando que só revisaria as matérias, mas levei um susto na primeira aula de matemática, quando o professor Rafael explicou o que é equação do 2º grau de uma forma que eu nunca tinha visto, e só depois dessa aula eu passei a compreender realmente o assunto.
E como foi essa mudança de ritmo de estudos?
Nossa! O primeiro ano de Cursinho foi um susto! Nunca tinha estudado nesse ritmo, aulas densas, uma seguida de outra, com muita prática, muitos exercícios. No começo, me perdi um pouco, acabou acumulando muita coisa – acho que acontece com todo mundo. Eu assistia às aulas de manhã, depois continuava no CP estudando durante a tarde, “abusando” dos plantonistas. E, no outro dia, já vinha mais conteúdo, com novos exercícios para fazer. No segundo ano, quando voltei, já estava mais acostumada com o ritmo e, principalmente, com o conteúdo, então, deu pra montar um cronograma e ter mais organização. Acho que isso foi fundamental para eu conseguir passar neste ano: organização.
Mas, além das aulas, você costumava participar das atividades culturais do CP. De que forma o Cursinho da Poli foi importante para sua formação pessoal?
Serei eternamente grata ao Cursinho da Poli, aos professores e a toda a equipe que torna essa loucura do vestibular mais humana, pois não é só com conhecimento que o Cursinho da Poli trabalha, mas principalmente com a formação de pessoas mais esclarecidas. Por exemplo, antes de entrar no Cursinho, eu não tinha o hábito de ler jornais, mas os professores vão além da matéria e incentivam isso, não para que o aluno pudesse ficar atento ao conteúdo que possivelmente cairia na prova, mas para que ele soubesse o que acontecia à sua volta. Além disso, todas as atividades que o CP proporciona – como palestras e exibição de documentários – ajuda muito a formar pessoas mais conscientes.
Agora você parte para novos conhecimentos, por meio de novos professores. Gostaria de mandar um recado aos professores do CP?
Ah, quero revê-los para agradecer pessoalmente, principalmente ao Edu e ao Bassam, que fizeram com que eu entendesse matemática e física – respectivamente. Também ao Roberto Juliano e à Cristiane, que permitiram que eu tivesse certeza da minha afinidade pelo curso de Letras. Enfim, todos os professores foram incríveis, jamais esquecerei algumas aulas que mudaram a minha vida, como as da professora Cristina e do Décio, ambos de Geografia. Na verdade, toda a equipe do Cursinho da Poli está registrada na minha vida, com louvores.
Aproveite e mande um recado para quem não passou nos vestibulares. Você precisou fazer mais de um ano de Cursinho, sabe bem o que é isso...
Não ver seu nome na lista desanima muito, já estive nessa situação. Na hora, pensamos que não estudamos do jeito certo e nos sentimos ignorantes, mas não pode desanimar. Quando você quer uma coisa de verdade, acaba criando uma dívida consigo mesmo, por isso, desistir não compensa. Vestibular não mede inteligência nem capacidade, e, sim, treino. Então, bola pra frente, porque uma hora você terá a felicidade de ver seu nome na lista e, quando isso acontecer, nem se lembrará mais das derrotas.
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Redação: Leonardo Vinícius Jorge - Produção: Helena Lo Bello - Fábrica das Artes
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